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Pesquisas apontam a criação de um anticoncepcional masculino

O grupo da Unesp busca identificar novas estratégias para reduzir a motilidade dos espermatozoides, mantendo-os saudáveis. Eles descobriram que uma das principais causas de infertilidade e baixas taxas de fertilidade é a baixa qualidade do esperma e as baixas taxas de motilidade.

Pesquisas apontam a criação de um anticoncepcional masculino
Óvulo e espermatozóide. Imagem editada e redimensionada de CiênciaGenética em Wikimedia Commons, sob a licença CC BY-SA 3.0

Uma maneira possível de reduzir a taxa de motilidade espermática seria através de métodos farmacológicos como o citrato de sildenafil, que efetivamente a reduziu em 50%.

Uma proteína encontrada no esperma é alvo de um estudo de pesquisadores da Unesp que pode ter efeitos significativos na reprodução humana.

A proteína, chamada SP-B, regula processos importantes durante a fertilização e o desenvolvimento de uma nova vida humana. De acordo com os achados da Unesp, existem duas formas de SP-B. A primeira forma foi identificada pela primeira vez nos espermatozóides e é responsável por permitir que os espermatozóides viajem através do muco espesso. Pensava-se anteriormente que a segunda forma estava presente apenas em células-ovo. No entanto, este estudo encontrou-o no fluido folicular e nos oócitos, bem como em óvulos totalmente maduros – sugerindo que poderia desempenhar um papel não apenas na concepção, mas também mais tarde durante a gravidez e o desenvolvimento fetal.

EPPIN é um acrônimo para inibidor de protease epididimal, que é um contraceptivo masculino. A principal função do EPPIN é modular a motilidade. Existem dois tipos principais de EPPINs. Em primeiro lugar, o tipo “E” tem uma ligação de alta afinidade com íons de zinco, que por sua vez ativa sua atividade catalítica, e em segundo lugar, o tipo “N” tem uma ligação de baixa afinidade com íons de zinco e não tem atividade catalítica, mas fornece proteção da infertilidade.

O foco deste projeto foi criar uma versão melhorada do EPPIN original usando novos materiais e técnicas que podem ter sido negligenciadas no projeto original.

Embora o sistema reprodutor feminino seja muito mais complexo do que o sistema reprodutor masculino, a produção de esperma ainda é um processo difícil. Enquanto os machos produzem um bilhão de espermatozóides todos os dias, para qualquer fêmea, apenas cerca de 400 milhões de óvulos são produzidos em sua vida.

A produção de esperma começa quando a puberdade atinge um certo nível de maturidade. Quando isso acontece, as células localizadas nos testículos conhecidas como espermatogônias se dividem e criam células que se tornam espermatozóides. Os espermatozoides são produzidos continuamente a partir dessas células até o final da puberdade. O número de espermatogônias diminui exponencialmente durante esse período e há um curto período após a puberdade em que nenhum esperma será produzido.

Foco do projeto é EPPIN

O foco do projeto é EPPIN, sigla para inibidor de protease epididimal, cuja principal função é modular a motilidade.

O objetivo geral deste projeto será criar um método contraceptivo masculino que funcione de maneira semelhante a outros métodos hormonais. A equipe acredita que pode conseguir isso desenvolvendo uma droga que iniba a motilidade dos espermatozóides sem afetar principalmente sua viabilidade ou taxa de viabilidade.

Existem vários usos para este projeto, incluindo, mas não limitado a, homens e crianças sexualmente seguros e saudáveis.

Um dos fatores mais importantes na fertilidade masculina é a ejaculação. Os homens produzem 50-150 milhões de espermatozóides todos os dias que precisam ser ejaculados para que a fertilização ocorra. Alguns homens relutam em usar um anticoncepcional eficaz por causa dos muitos efeitos colaterais, então os pesquisadores adotaram uma abordagem diferente ao estudar o processo do espermatogênio e sua regulação por meio da manipulação genética.

Os pesquisadores estão esperançosos de que essa nova tecnologia possa revolucionar a contracepção masculina(anticoncepcional masculino), já que não é invasiva como alguns outros métodos, como a vasectomia.

O grau de complexidade da produção de espermatozoides é maior do que o da produção de óvulos femininos. O processo espermatogênico é regulado através da manipulação genética que torna possível um contraceptivo masculino.

Detalhes sobre o processo

O processo de fertilização humana pode ser explicado pelas seguintes etapas:

O esperma entra na trompa de Falópio da mulher, onde faz contato com uma camada de células chamada zona pelúcida, que permite a passagem do esperma. Uma vez dentro do útero, um óvulo é liberado e leva cerca de 24 horas para passar pelo colo do útero e entrar no útero. Este processo é conhecido como fertilização; é quando ocorre a concepção e a gravidez começa

Um contraceptivo masculino é um método de contracepção que pode ser usado por homens para evitar a gravidez. Os métodos de contracepção masculina(anticoncepcional masculino) são conhecidos como “vacinas contraceptivas” porque são injetadas no corpo e atuam como uma vacina, impedindo que o corpo produza espermatozoides.

Existem muitos tipos diferentes de contraceptivos masculinos, incluindo vasectomia e dispositivos intrauterinos (DIUs).

Ao contrário dos contraceptivos femininos, que impedem a ovulação ou a fertilização, os contraceptivos masculinos funcionam impedindo a produção de espermatozoides. Eles vêm em 2 formas: hormonal e não hormonal (vacina). Os métodos hormonais não produzem mudanças permanentes nos hormônios do corpo, por isso precisam ser constantemente tomados com outros hormônios, caso contrário sua eficácia cairá significativamente.

Anticoncepcional masculino

Existem muitos métodos de contracepção masculina(anticoncepcional masculino) em uso e alguns que ainda estão em desenvolvimento. Esses métodos têm o potencial de impactar enormemente a população mundial e potencialmente prevenir muitas gestações indesejadas.

Alguns métodos de contraceptivos masculinos incluem vasectomia, laqueadura e drogas injetáveis como Depo-Provera.

Embora esses métodos tenham seus próprios benefícios, eles não podem ser usados por todos, pois apresentam certos efeitos colaterais. Por exemplo, a vasectomia não é reversível, o que significa que não pode ser revertida, mesmo que um homem decida mudar de ideia após o procedimento.

Resultados promissores

Um estudo realizado pela Unesp descobriu que camundongos que receberam anticoncepcional masculino para evitar o acasalamento, apresentaram diminuição no volume de sua ejaculação.

A pesquisa ainda está em seus estágios iniciais e mais estudos são necessários para confirmar os dados. É apenas parte de um esforço maior para desenvolver um contraceptivo masculino.

O corpo da pílula anticoncepcional masculina é uma sequência chamada eppin que é bastante semelhante ao inibidor de protease.

O objetivo final desta pesquisa é identificar moléculas que possam inibir a atividade da protease, visando o desenvolvimento de uma pílula anticoncepcional masculina com maior taxa de sucesso.